A vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa), por exemplo, é indicada a partir da 20ª semana de cada gestação e protege contra a coqueluche, difteria e tétano. A SES-MG reforça a importância dessa vacina para as gestantes, uma vez que, desde 2024, foi observado um aumento de casos de coqueluche no estado.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) apontam quatro óbitos em bebês com menos de dois meses no ano passado em Minas Gerais. As mães de três deles não tinham se imunizado com a dTpa.
“Em 2024 tivemos mais de 600 casos e óbitos de crianças cujas mães não tinham se vacinado. Portanto, é fundamental que as gestantes garantam essa proteção para si e para o bebê”, ressalta o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.
A dTpa faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde dos 853 municípios. Caso não seja possível se vacinar durante a gravidez, a puérpera pode receber a dose até 45 dias após o parto.
A vacina também deve ser administrada em profissionais e estagiários da saúde, especialmente os que atuam em atendimentos de ginecologia, obstetrícia, pediátricos, UTI neonatal, além de doulas e funcionários de berçários e creches que cuidam de crianças de até quatro anos de idade, para evitar a transmissibilidade da coqueluche.
A doença
A coqueluche é infecciosa aguda e transmissível, compromete o sistema respiratório e pode levar a óbito. As crianças, em especial as menores de seis meses, podem ter complicações, com possibilidade de hospitalizações e óbitos.